domingo, 4 de junho de 2017

Três Filhas de Sua Mãe


Nas livrarias a partir de quarta-feira, dia 7 de Junho, com chancela da Guerra & Paz, e tradução e introdução minhas:

Sinopse
Escrito em 1910, mas só publicado, clandestinamente, em 1926, este romance é uma pérola da literatura erótica e libertina. Pierre-Félix Louÿs, um dos maiores e mais desconhecidos escritores franceses, assina um texto revolucionário e subversivo.
Há aqui prostitutas e perversões, mas não mulheres humilhadas. As mulheres desta obra são livres e buscam o seu próprio prazer, rasgando a capa da normalidade e do aceitável. Impõem-se aos amantes, tomam a iniciativa, gozam desalmadamente. Neste livro, o homem mais não é que mero instrumento do prazer feminino.
Mas às nossas heroínas não lhes basta seguirem os seus desejos, procuram também realizar as suas fantasias mais sórdidas e mais mal-vistas aos olhos da sociedade. E é grande o cardápio de perversão e de comportamentos desviantes: sodomia, safismo, escatologia, incesto, pedofilia e até bestialidade. Todos os muros são derrubados, o desviante torna-se normal, e a perversão eleva-se a princípio moral.
Isto, sim, é libertinagem. Ganhe coragem e leia este livro. Quem sabe, descobrirá novos prazeres.

Biografia do autor
Pierre-Félix Louÿs. É um poeta e romancista francês, nascido, em 1870, numa família de classe alta. Estudou na Escola Alsaciana de Paris, onde conheceu André Gide, com quem manteve uma amizade até ao fim da vida. Começou então a circular nos meios literários e boémios, convivendo com parnasianos e simbolistas.
A sua primeira recolha de poemas, Astarté, data de 1891, e o seu primeiro romance, Aphrodite, de 1896. Le Femme et le Pantin, tido como a sua obra-prima, a par de Três Filhas de Sua Mãe, foi publicado em 1898. Nos primeiros anos do século xx, sofre graves problemas financeiros, levando a que publicasse menos. Mesmo assim, não deixa de escrever, nomeadamente textos de cariz erótico, que se manterão, na sua maior parte, inéditos até à morte do autor.
Foi autor de obra multifacetada, que inclui o Manual de Civilidade para Meninas, publicado pela Guerra e Paz. Escreve poesia, romances, crónicas, peças de teatro e um diário, publicado postumamente em 2003. La Femme et le Pantin teve várias adaptações ao cinema, destacando-se a de Luis Buñuel, Cet Obscure Object du Désir. Durante os seus últimos anos, viveu retirado do mundo social. Morreu em 1925.